Buscador
Ver el sitio sin publicidad Suscríbete a la revista
Columnas

Vicente Amorim fala sobre Um Homem Bom/Vicente Amorim habla sobre Good

26-12-2008, 6:55:58 AM Por:
Vicente Amorim fala sobre Um Homem Bom/Vicente Amorim habla sobre Good

Jason Isaacs, Jodie Whittaker, Vicente Amorim e Viggo Mortensen no Festival de Toronto/Jason Isaacs, Jodie Whittaker, Vicente Amorim e Viggo Mortensen en el Festival de Toronto. Vicente Amorim, o diretor brasileiro de O Caminho das Nuvens, dá seu primeiro passo no cenário internacional com o drama Um Homem Bom, estrelado por Viggo Mortensen. O filme […]

Jason Isaacs, Jodie Whittaker, Vicente Amorim e Viggo Mortensen no Festival de Toronto/Jason Isaacs, Jodie Whittaker, Vicente Amorim e Viggo Mortensen en el Festival de Toronto.

Vicente Amorim, o diretor brasileiro de O Caminho das Nuvens, dá seu primeiro passo no cenário internacional com o drama Um Homem Bom, estrelado por Viggo Mortensen. O filme chega hoje às telas brasileiras, depois de ter sido exibido em outubro no Festival do Rio, com a presença do próprio Viggo e do cineasta. Naquela época, conversei com Vicente sobre sua experiência ao contar a história de um pacato professor de literatura (Mortensen) que aos poucos é seduzido pela máquina nazista, a ponto de mudar seus valores e corromper sua alma – sem, no entanto, cair no maniqueísmo típico dos filmes de nazismo e Segunda Guerra Mundial.

Vicente Amorim é filho do diplomata e cineasta Celso Amorim. Nasceu na Áustria em 1966 e rodou a Europa e Estados Unidos na infância, até se estabelecer no Rio de Janeiro em 1984. Foi assistente de Paul Mazursky em Luar sobre Parador (1987) e de Hector Babenco em Brincando nos Campos do Senhor (1990). O sucesso de O Caminho das Nuvens (2003) despertou o interesse da produtora Miriam Segall e do ator e co-produtor Jason Isaacs para que Amorim dirigisse Um Homem Bom.

Nazismo não é um tema comum do cinema brasileiro. O que um cineasta nacional traz a esse gênero?

Um Homem Bom é um filme sobre escolhas, com uma história muito humana, o que o torna universal. Isso faz com que os temas são tão próximos a mim, um brasileiro, quanto, por exemplo, a um diretor alemão ou americano. O fato de eu ser brasileiro me permitiu olhar para o nazismo e dar a ele uma universalidade que um diretor com laços sanguíneos, por assim dizer, talvez não tivesse a liberdade de dar. Essa foi a razão, aliás, de a produtora ter me chamado.

Sua experiência na Europa foi fundamentel para o projeto?

Eu nasci na Áustria, né? E você sabe quem mais nasceu na Áustria (risos). Brincadeira, eu nasci lá por acaso, fiquei até um ano de idade. Fui criado fora do Brasil por muitos anos, até que aos 18 anos finalmente passei a morar aqui. Minha base é no Rio, me sinto completamente carioca. Mas essa experiência pessoal internacional me ajudou muito a sempre procurar a universalidade nas histórias que eu conto. Quando você está fazendo cinema, não adianta querer falar com um nicho de público específico, você tem que tentar falar com o maior número de pessoas possível. É para isso que existe o cinema; ele não é uma arte fechada.

E contar com atores como Viggo Mortensen e Jason Isaacs ajuda muito em um projeto internacional, não?

Foi um privilegio trabalhar com atores como Viggo Mortensen e Jason Isaacs. E ajuda o fato de eles serem atores muito colaborativos, que não se importam apenas com o “arco do (seu) personagem”. Eles sempre pensam o filme como um todo. Encaram o projeto como uma história necessária, urgente e absolutamente atual. 
———————————————————————————-

Español:

Vicente Amorim, el director brasileño de O Caminho das Nuvens (The Middle of the World), da su primer paso al escenario internacional con el drama Um Homem Bom (Good), esterilizado por Viggo Mortensen. El filme llega hoy a las pantallas brasileñas después de haber sido exhibido en octubre en el Festival de Rio con la presencia del propio Viggo y el cineasta. En este entonces, conversé con Vicente sobre su experiencia de contar una historia de un profesor de literatura pacífico (Mortensen) que de repente es seducido por la maquina nazista, al punto de cambiar sus valores y corromper su alma, y aun así, no caer en el maniqueísmo típico de los filmes del nazismo en la Segunda Guerra Mundial.

Vicente Amorin es hijo del diplomático y cineasta Celsmo Amorim. Nació en Austria en 1966 y pasó por Europa y Estados Unidos durante la infancia hasta que se estableció en Rio de Janeiro en 1984. Fue asistente de Paul Mazurky en Luar sobre Parador (1987) (Moon Over Parador) y de Hector Babenco en Brincando nos Campos do Señor (1990) (A Play On The Fields of the Lord). El suceso de O Caminho das Nuvens (2003) despertó el interés de la productora Miriam Segail y del actor y coproductor Jason Isaacs para que Amorim dirigiera Good.

El nazismo no es un tema común del cine brasileño. ¿Qué atrae a un cineasta nacional a este género?

Un homem bom es un filme sobre escuelas, con una historia muy humana lo qye la hace universal. Eso hace que los temas sean tan próximos a mí, un brasileño, tanto como a un director alemán o americano. El hecho de ser brasileño me permitió ver al nazismo y darle una universalidad a la que un director con lazos sanguíneos, por así decirlo, no tuviera la libertad de darselos. Esa fue la razón, además de que la productora me haya llamado.

¿Tu experiencia en Europa fue fundamental para el proyecto?

Yo nací en Austria ¿no? Ya sabes bien quién también nació en Austria (risas). Es broma, viví ahí hasta que tuve un año de edad. Fue criado fuera de Brasil durante muchos años, hasta que a los 18 años finalmente me quedé a vivir aquí. Mi base está Rio, me siento completamente carioca. Pero esa experiencia personal internacional me ayudó mucho a siempre buscar la universalidad en las historias que cuento. Cuando tu estás haciendo cine, no se trata de querer hablar con un nicho del público en específico, tienes que intentar hablar con el mayor número de personas posible. Para eso existe el cine, no es un arte cerrado.

Y contar con actores como Viggo Mortensen y Jason Isaacs ayuda mucho a un proyecto internacional, ¿no?
Fue un privilegio trabajar con actores como Viggo Mortensen y Jason Isaacs. Ayuda el hecho de que son actores muy colaborativos, que no sólo les importa el “arco de (su) personaje”. Ellos siempre piensan en el filme como un todo. Encaran el proyecto como una historia necesaria, urgente y absolutamente actual.
 

 

¿Quieres ser un emprendedor o emprendedora?
Conoce Emprendedor.com el mejor contenido de Ideas de Negocio, Startups, Franquicias, e Inspiración, síguenos y proyecta lo que eres.

autor Este texto fue ideado, creado y desarrollado al mismo tiempo por un equipo de expertos trabajando en armonía. Todos juntos. Una letra cada uno.
Comentarios